sexta-feira, 28 de outubro de 2011

União Européia começa a banir lâmpadas incandescentes


No Brasil, a população foi acostumada a utilizar as chamadas lâmpadas frias para economizar energia e evitar o apagão. Mas, em outros países, a escolha de trocar a lâmpada incandescente por uma mais ecológica partia do consumidor por questões mais verdes. Agora, a União Européia decidiu banir de vez as lâmpadas quentes de seu mercado.

A mudança não será repentina, pois a partir de setembro apenas as lâmpadas de 100W terão sua comercialização proibida. Assim os europeus poderão realizar uma transição menos traumática e se acostumar aos poucos com diferentes opções. Segundo o site Big Green Smile, lâmpadas com potências menores serão aposentadas nos próximos três anos. A adoção da medida está de acordo com a Diretiva de Ecodesign de Produtos Elétricos, aprovada pela organização em dezembro de 2008. Aredita-se, todavia, que os europeus irão continuar usando as lâmpadas antigas por muito tempo ainda, não só evitando a substituição como também criando um estoque delas, noticiou o site Telegraph. Desconfiados, os alemães estão realizando protestos contra a escolha e estocando lâmpadas quentes em suas casas, como forma de protesto.

Em apenas seis meses as vendas desse produto subiram 34% na Alemanha, porque as pessoas não gostam da luz branca e acreditam que essa seja menos brilhante do que as lâmpadas convencionais. Para "incentivar" o mercado a acatar a decisão, multas de até 5,5 mil euros (aproximadamente R$ 15 mil) serão distribuídas às empresas e lojas que insistirem em importar as antigas lâmpadas diretamente da China. Mas o governo declarou que permitirá aos comerciantes venderem seu atual estoque até o final. O objetivo dessas diretrizes é, além de conscientizar as pessoas sobre o uso de equipamentos que consumam menos energia e joguem menos gás carbônico na atmosfera, diminuir os gastos mensais da população com energia elétrica.

Em uma lâmpada convencional, inventada por Thomas Edison em 1879, apenas o equivalente a 5% da energia elétrica consumida é transformado em luz. Já uma lâmpada econômica, a chamada flourescente, chega a gastar até 80% menos energia e a ter vida útil acima de dez mil horas - contra apenas mil horas das incandescentes. "Não podemos mais confiar em lâmpadas que desperdiçam 95% de sua energia com o calor", declarou Dan Norris, ministro do meio ambiente inglês. "O Reino Unido teve uma iniciativa voluntária bem sucedida por alguns anos e agora o resto da UE seguirá a ordem sob força de lei", completou. Se tudo correr bem a União Européia espera reduzir em um milhão de toneladas a quantidade de CO2 que joga na atmosfera até o ano de 2022.



Fonte: Terra Tecnologia

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